dimensões

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CAUSAS PERDIDAS 30/08/11

 

Uma boa poesia
É aquela que trás
O espanto
Da palavra
Improvável.
E a lembrança
Dos amores
Impossíveis.

MILAGRE 25/09/11


Eu ainda acredito.
E isso talvez
Não seja fé
Seja falta...
De uma boa noite de sono
De um longo dia feliz.

Mas eu ainda acredito
Em dias de Sol
Em sorrisos sem culpa
Em sonhos...
Em palavras...
Em mim...
Em nós...

Talvez isso seja fé...
Talvez isso seja falta...
Talvez isso seja em vão...

LIVRE... FELIZ 22/09/11


Estar em queda livre
É estar preso a gravidade.
Por isso eu prefiro
O salto da poesia
Eu gosto das coisas leves
Com borboletas
E algodão doce...

Por isso sou poeta
Pois os poetas
São mais felizes
Do que os pássaros
Que para voar
Precisão das asas...

Por isso sou feliz
Pois para voar
Só preciso dos sonhos
Dos versos
E do céu.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PASSARINHO 10/09/11



Eu sempre trago
Um passarinho
Em meu coração
Não é ave de rapina 
Como albatroz ou gavião.
Mas um pássaro pequenino
Assim como uma andorinha
Que consegue arrastar
Sobre as suas asas
O próprio verão.

Eu sempre trago
Um passarinho
Em meu coração.
Para que meu coração
Nunca se perca
De meus pensamentos
Que sempre estiveram
Nas nuvens...
Alto, bem alto
Na imensidão.

FILOSOFIA 12/09/11


Eu não sei voar
Mas não tenho medo de cair...
Eu não sei viver
Mas não tenho medo de errar...
Eu não sei amar
Mas não tenho medo de sofrer...

Eu não sei quem sou
Mas não tenho medo de saber...

AMOR E LEGUMES 22/09/11

O amor também
É uma questão
De perspectiva.
Pois você olhava para ela
Como se ela fosse
Uma planta ornamental
Uma flor de estufa.
Em suas mãos
Ela só servia de enfeite.
Um enfeite fútil
E passageiro
Como uma rosa
Que murcha.

Já eu a vejo
Como se ela fosse
Um legume
Uma alface
Um repolho...

Ela é meu alimento
E isso é o amor.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

IDEAIS 30/08/11





Coisas patéticas
Amores perfeitos
Causas perdidas
Este é o ideal
De todo poeta...

Para nós
A única coisa
Necessária
É o absurdo.

domingo, 11 de setembro de 2011

PEQUENO MOVIMENTO CIRCULAR 12/03/08





...Do amor se faz versos
Dos versos se faz livros
Dos livros se faz homens
Dos homens se faz sonhos
Dos sonhos se faz poetas
Os poetas inventam o amor...

Do amor se faz versos...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

NÃO SE LEMBRE DE MIM 30/08/11


Lembrança?!
Não é lembrança
O que eu quero ser
Em tua vida.
Eu quero ser
O teu ainda
O teu até breve...
A palavra repetida...
O eterno retorno eterno.

Eu quero te amar
No tempo da poesia...
No verso não escrito...
No silêncio crescente
E todas as coisas...
No improvável...
No impossível...
No infinito segundo
Do relógio parado.

Lembrança?!
Para ti eu nunca serei
Uma lembrança
Eu serei muito mais
A esperança
Do amor que sempre
Está por vir.
Como um dia
Depois do outro...
E depois...
E depois...
Nosso eterno amanhecer
Aurora que eu nunca comtemplo.

Então lembre-se...
Não de mim
Pois eu não sou a saudade
Sou muito mais a ansiedade
Da próxima vez.
O que deves lembrar
É da verdade imutável
Sobre o amor.
Que o amor...
O nosso amor...
Todo amor...
É atemporal
Não por ser coisa divina
Exagero poético
Sentimental
Mas por ser loucura.

É por ser loucura
Que o amor
Não tem antes...
Depois...
Ou agora...

É por ser loucura
Que o amor não tem tempo
De adeus...
Ou de chegada...

É por ser loucura
Que o amor pode
Ser eterno...
 Pois os loucos
Nunca sabem
  Que horas são. 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ampulheta 24/07/11



 O presente nunca é
Mas sempre será
Um momento congelado
Em um passado
Que nunca está.

O futuro nunca chega
Pois se chega é presente...
O futuro é sempre ainda
O presente nunca é
E o passado sempre será.

Assim vivemos
Na mais completa
Inexistência do momento
Que é tudo o que existe. 

domingo, 4 de setembro de 2011

A SOMBRA 03/09/11

 



Noites em claro
Dias sombrios...
E cada vez mais
Torno-me um espectro
Entre o que eu fui
E o que eu queria ter sido...

O ESCURO 03/09/11



Entre a canção
E a lágrima
Entra a saudade
E o seguir...
Uma vez mais
Torno-me ninguém
Em minha própria vida.
E a saudade que sinto agora
Não é por tudo que foi
É pelo que nunca será...
É pelo que nunca serei...