Um dia eu sonhei
Com uma palavra livre
Então eu quis inventar
Esta palavra livre.
Eu não quis inventar
A palavra livre
Ou dá um novo significado
A palavra liberdade.
O que eu inventar
Foi a liberdade da palavra.
Eu quis uma palavra livre
Livre de tudo
Livre dos poetas
E dos gramáticos
Livre da língua
E da garganta
Livre do ouvido
E do entendimento
Livre do som
E do pensamento.
Foi então que eu percebi
Que era impossível
Inventar esta palavra.
Pois esta palavra já existe
É o silêncio.
Não a palavra silêncio
Mas o silêncio em si
Liberto de qualquer palavra.
Palavras estão sempre presas
Presas a idéias
A homens
A dicionários.
Só o silêncio é livre
E ele só pode ser livre
Por ser ausência.
Pois o silêncio não é nada
Ele é a ausência de som.
E só quando não se é
É que se pode ser
Completamente livre
Livre de tudo
Livre da existência.
Em uma discussão, o silêncio proclama com intensa veemência a qualquer pronúncia ditada por uma apelativa construção silábica... resumindo em miúdos ,o silêncio diz mais que mil palavras...
ResponderExcluirO silêncio quando utilizado no momento certo, seja na passagem de uma melodia em uma canção, ou em uma discussão, ambas constrõem em sua ausência de som, um equilíbrio incontestável, livre de qualquer culpa ou erro...
ResponderExcluirParabéns pelas palavras e obrigado pelo momento de reflexão proporcionado a minha pessoa... Tentei dividir esse momento da forma mais honesta possível...
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