E no meio dos braços dela (por
uma questão geográfica e pra ser mais exato serei mais explícito) era no meio
das pernas dela que estava e foi lá que me surgiu este pensamento. Não foi um
pensamento pensado, foi muito mais sentido de modo imediato, como o orgasmo que
veria em seguida, como uma verdade revelada; uma verdade revelada por um corpo
feminino; uma verdade revelada pela vagina.
De repente eu percebi que não era
bom de cama como eu havia pensado em toda minha adolescência, não que aquela
mulher não estivesse sentido prazer e em galopes cada vez mais velozes se
aproximando do altar sagrado da vida: o ORGASMO. Sim gozamos.
Mas eu não era “bom de cama”... Simplesmente
porque esta sentença é uma falácia, uma afirmação errada e egoísta... Simplesmente porque
não dá pra ser bom de cama sozinho... sexo, amor, nheco nheco ou seja lá como
for chamado é algo feito a dois. Claro dá até para gozar sozinho mais aí não
é sexo é masturbação.
Entendi que ser “bom de cama” não
tem nada haver comigo tem haver com o outro, em perceber o outro, não é apenas
entrar na vagina é entrar no ritmo do outro, dançar a mesma dança ainda que não
haja música, sentir no mesmo gemido.
Sexo pra mim é uma espécie de
comunhão, quando dois passa a ser um ainda que por um breve instante de um
orgasmo fugas, fugas e efêmero como tudo que é vivo.
Talvez aí esteja o sentido da vida... Talvez a vida não seja
eterna com momentos efêmeros... Talvez ela seja ao
contrario, efêmera com momentos eternos.
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