dimensões

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sábado, 5 de janeiro de 2013

POEMA DE DESAMOR 06/01/2013



Então tá cominado
Vamos deixar ser como é
Apenas seguir...
Como tudo que pulsa e vive
Decadência e fim.

Apenas vá
Sem rastro
Como algo impalpável
Vapor... Vulto... Vazio.

Então este é o trato
Não deixe nada
Não leve nada.
Apenas seja
Enquanto puder
Enquanto houver
O que ser...

E assim seja
E assim siga
Não tente se agarrar
Neste sentimento
Nem na lembrança
Deste sentimento
Que por se só já é ausência.

Pois a lembrança
Sempre é vazia
Ainda que esteja
Repleta de teus olhos
E de teus gestos.

O único gosto
Nas andanças da lembrança
É o vazio de tudo que é passado
A desesperança de tudo que é perdido.

O passado é a morte do abstrato...        
É uma coisa morta dentro de uma coisa viva
Como um feto morto dentro da barriga da mãe
Que ainda o espera.
Como hoje a tua lembrança
Dentro de mim.  

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