Eu já errei todas as culpas
Já beijei todas as moças
Já amei todas as putas
Já despi todas as roupas.
Eu já inventei todos os versos
Já calei cada silêncio
Já provei todos os gostos
Já esperei todo esse tempo.
Eu já acordei todos os sonhos
Já flertei todos os deuses
Já dancei com o demônio
Até que ele não é tão feio.
Eu já voei por todo meu
coração
Agora só há escombros e resquícios
Eu já bebi todas as virtudes
E já rezei todos os vícios.
Eu já fui mais só
Do que a mulher mais amada
Que disfarça a solidão em seu
sorriso.
E já fui mais amado
Do que a mulher mais sozinha
Que guarda em seu peito de
maneira mesquinha
Seu amor verdadeiro e impossível.
Eu já fui tantos
Loucos e santos...
Eu já fui sujo
E já fui jardim.
Hoje o que eu sou
São apenas cansaços...
Conheço meu canto
E não são os teus braços...
Sou tão pequeno
Que já não caibo em mim.
Que já não caibo em mim.
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